A Formax Quimiplan – Componentes para Calçados, de São Leopoldo (RS), está colocando no mercado neste mês a primeira aplicação prática do poliuretano termoplástico (TPU) para o setor desenvolvido a partir de fontes vegetais. A base orgânica do Thermogreen é soja, milho, mamona e girassol, entre outras alternativas, em substituição ao petróleo usado até agora para a produção de contrafortes e couraças (peças internas que estruturam os sapatos).
Os componentes de fontes renováveis chegam ao mercado com preço similar ao dos petroquímicos – na faixa de R$ 0,70. Os ganhos para os calçadistas estão no avanço na questão da sustentabilidade: o Thermogreen é integralmente reciclado.
O diretor da Formax, Flávio Faustini, destaca que o Thermogreen vai agregar valor e ajudar a desvincular o calçado dos custos crescentes dos derivados de petróleo. Pela mão dos fabricantes de calçados, a novidade chegará ao consumidor final com a coleção outono-inverno 2008.
“O Thermogreen é comparável ao biodiesel adotado pela frota automotiva”, disse o diretor da Formax, lembrando que a tecnologia pode ser direcionada para outros setores, como o próprio automotivo e o moveleiro. O empresário conheceu a novidade em outubro passado, em uma feira na Alemanha. A venda média mensal para a indústria calçadista é de 600 mil metros quadrados.
O custo de processamento é semelhante, tanto com a matéria-prima de origem petroquímica como a renovável (vegetal). “Talvez ocorra alguma redução com aumento do volume de produção”, destacou. A Formax tem em carteira cerca de 2,5 mil indústrias calçadistas. De acordo com o executivo, o processo de migração deve durar doze meses.
REFERÊNCIA:
ARRUDA, Guilherme. Empresa gaúcha produz sapato feito com soja e milho. Da Gazeta Mercantil. Disponível em: <http://br.invertia.com/noticias>. Acesso em: 08 Jan 2008